terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Experimento de Física (bussola de copo de água)

Objetivo



    Construir uma bússola e estudar suas propriedades magnéticas.




Contexto


    Determinados materiais apresentam propriedades magnéticas. Por propriedade magnética se entende a capacidade que um objeto tem de atrair outros objetos. Na interação entre dois objetos feitos de materiais magnéticos há também a possibilidade de repulsão entre eles. Os materiais que naturalmente apresentam propriedades magnéticas são chamados de ímãs. Convém notar que esses fenômenos de atração e repulsão podem também ser observados em materiais não magnéticos. Por exemplo, entre dois objetos carregados elétricamente. Porém, mesmo que carregados elétricamente, materiais não magnéticos não interagem com materiais magnéticos.
    Em geral, propriedades elétricas ou magnéticas estão associadas a classes de materiais diferentes.
    Uma outra forma de distinguir o tipo de fenômeno é conhecendo-se um dos materiais envolvidos. Sabemos que um ímã natural possui propriedades magnéticas: então todos os materiais que ele atrair ou repelir também terão propriedades magnéticas.
    As propriedades básicas observadas em materiais magnéticos são explicadas pela existência de dois polos diferentes no material. A esses polos se dão os nomes de polo norte e sul. Polos de mesmo tipo se repelem e polos de tipos opostos se atraem. A esta configuração de dois polos dá-se o nome de "dipolo magnético". O dipolo magnético é a grandeza que determina quão forte é o ímã e sua orientação espacial pode ser represenada por uma flecha que aponta do polo sul para o polo norte.
    As propriendades magnéticas dos materiais tem sua origem nos átomos, pois quase todos os átomos são dipolos magnéticos naturais e podem ser considerados como pequenos ímãs, com polos norte e sul. Isto é algo que decorre de uma somatória de dipolos magnéticos naturais dos elementos básicos da matéria (o "spin") com o movimento orbital dos elétrons ao redor do núcleo (pois este movimento cria um dipolo magnético próprio).
    Para cada material, a interação entre seus átomos constituíntes determina como os dipolos magnéticos dos átomos estarão alinhados. Sabe-se que dois dipolos próximos e de igual intensidade anulam seus efeitos se estiverem alinhados anti-paralelamente; somam seus efeitos se estiverem alinhados paralelamente.
    Assim, teremos os seguintes casos:
  • Se os dipolos, sob qualquer condição, permanecerem desalinhados, apontando em direções aleatórias, há um cancelamento geral dos efeitos dos dipolos e o material não apresenta nenhuma propriedade magnética macroscopicamente observável (material não-magnético).
  • No caso dos dipolos estarem todos alinhados, temos um material chamado ferromagnético permanente (ímã natural).
  • Se os dipolos somente se alinharem na presença de um outro ímã, temos três casos:
    • material ferromagnético: o ímã externo, ao atrair um dos polos de cada um dos átomos do material ferromagnético, termina por alinhar todos os dipolos magnéticos deste. Com todos os seus dipolos magnéticos alinhados, o ferromagnético, para todos os efeitos comporta-se como um ímã natural. O resultado final é que o material ferromagnético é atraído pelo ímã natural. O ferro, o níquel e o cobalto são alguns exemplos de materiais ferromagnéticos.
    • material paramagnético: o alinhamento é similar ao caso ferromagnético, porém de intensidade aproximadamente 1000 vezes menor. Por isso também não é de fácil observação. O resultado final é que o material paramagnético é muito fracamente atraído pelo ímã natural. O vidro, o alumínio e a platina são alguns exemplos de materiais paramagnéticos.
    • material diamagnético: além de causas diferentes, macroscopicamente é o caso oposto do paramagnético. O resultado final é que o material diamagnético é muito fracamente repelido pelo ímã natural. No fundo, todo material é diamagnético; só que na maioria dos casos o ferromagnetismo (permanente ou não) ou o paramagnetismo são mais fortes que o diamagnetismo. A água, a prata, o ouro, o chumbo e o quartzo são alguns exemplos de materiais diamagnéticos.
    Convém ressaltar que o alinhamento nunca é total, nem em número de dipolos e nem na direção de cada um deles; trata-se de médias.
    De acordo com um dos primeiros pesquisadores do magnetismo, Michael Faraday, o campo magnético é a região do espaço na qual se realiza a interação magnética entre dois objetos que apresentam propriedades magnéticas. E as linhas de campo são as linhas imaginárias que mapeiam o sentido deste campo em torno dos objetos. Ou seja, elas indicam a direção da atração ou repulsão magnética num ponto do espaço sob a influência de objetos magnetizados. As linhas de campo apontam do polo norte para o polo sul.
    A atração ou repulsão entre dois objetos magnetizados é intermediado pela ação do campo magnético. Por outro lado, pode não haver atração ou repulsão entre dois objetos magnetizados, mesmo havendo entre eles campo magnético. Isto ocorre porque o campo magnético de um ímã enfraquece conforme aumenta a distância a ele. Então, dependendo da distância que separam os ímãs, o campo magnético não é forte o suficiente para, por exemplo, vencer o atrito que existe entre cada ímã e a superfície de uma mesa sobre a qual eles estejam colocados.




Idéia do Experimento



    A bússola é um instrumento muito importante para a orientação em geral e também pode ser usada como detector de materiais magnéticos. A idéia principal deste experimento é justamente construir uma bússola simples para detectar campos magnéticos, principalmente o campo da Terra.
    Este instrumento de orientação é constituído basicamente por dois elementos: uma agulha magnetizada e um suporte que permite que esta agulha gire livremente em torno de seu eixo.
    Por ser a agulha muito leve e o atrito entre ela e o suporte que a sustenta muito pequeno, a bússola se torna um instrumento muito sensível podendo detectar materiais que estejam fracamente magnetizados.
    A detecção se dá na forma de alinhamento, ou seja, a agulha da bússola é um pequeno ímã e como já foi dito no contexto, os ímãs podem ser atraídos ou repelidos por outros ímãs ou por campos magnéticos próximos. Logo, quando uma bússola é posta na presença de um campo magnético, a atração e a repulsão se manifestam simultaneamente, na forma de deflexão (rotação parcial ou completa) desta agulha em relação à sua posição anterior. Em outras palavras, a agulha alinha-se com o campo detectado.
    Para contruírmos uma bússola de copo d'água, magnetizamos uma agulha de costura e a colocamos para boiar num copo d'água, com o auxílio de um pedaço de papel.
    Como todas as bússolas, esta também precisa ter sua agulha livre para girar e apontar na direção do campo detectado e por esse motivo ela foi posta para boiar sobre a água.
    As bússolas normalmente tem uma de suas extremidades pintada de vermelho, que aponta aproximadamente para o polo norte geográfico da Terra. O norte magnético da Terra não coincide com o polo norte geográfico: são praticamente opostos (veja figura abaixo). Logo, podemos concluir que a ponta pintada de vermelho das bússolas é o polo norte magnético da agulha, que aponta para o polo sul magnético terrestre.
    Para descobrir a polaridade com que foi magnetizada a agulha de sua bússola, é preciso que se saiba de antemão onde está localizado o norte geográfico da Terra. Se sua bússola está voltada para a direção norte-sul geográfico, a extremidade que está voltada para o norte geográfico terrestre, será o polo norte magnético de sua agulha.
    Quando se está em algum lugar onde não se sabe onde é o norte geográfico uma regra simples que passaremos a seguir pode ser muito útil. Utilizando-se da informação de que o Sol nasce sempre a leste e se põe a oeste, pode-se descobrir o norte estendendo-se o braço direito na direção do sol nascente (leste) e o braço esquerdo na direção do sol poente (oeste). Pela disposição dos pontos cardeais, podemos concluir que o Sul ficará voltado para as costas e o Norte para a frente. Veja a figura abaixo.
    É importante fazermos aqui uma ressalva. O método acima só serve para dar uma idéia de onde está o norte geográfico, pois o Sol não nasce sempre na mesma posição. A variação da posição do nascer do Sol em relação ao leste, é diária e pode se dar tanto para o norte quanto para o sul, dependendo da época do ano. Logo, o método acima dá uma orientação grosseira da localização do polo norte geográfico terrestre, mas é suficiente para se definir a polarização da agulha da bússola.
    Uma segunda maneira de se saber com que polaridade foi magnetizada a agulha de sua bússola é comparando-a com uma outra bússola já identificada ou com uma bússola comercial. Então, ao descobrir qual é a polaridade de sua agulha, é aconselhável que se faça uma marca na extremidade que está voltada para o norte geográfico, como é convencionado. Isso pode servir de referência para a construção de outra bússola e para a sua utilização por qualquer pessoa.
    Com a informação da polaridade da bússola, você pode descobrir qual é o polo norte e o polo sul de um ímã e de qualquer outro objeto imantado, além de poder realizar atividades de orientação e navegação.




Tabela do Material.









    Item















    Observações















    Copo















    Um copo convencional ou qualquer pote serve. É interessante que tenha a boca larga para dar mais mobilidade à agulha.















    Agulha















    A agulha pode ser de costura ou de máquina de costura; ambas podem ser encontradas em lojas de armarinho, supermercados ou bazares.















    Ímã















    Ímãs são encontrados em alto falantes, ferro velho, lojas de materiais elétricos, em alguns brinquedos, em objetos de decoração como os ímãs de geladeira, etc.















    Papel















    Neste experimento usamos um pedaço de folha do tipo sulfite. Mas também pode ser usado folha de caderno, jornal ou qualquer outro tipo de papel. 













 Montagem










  • Primeiro deve-se imantar a agulha, passando-se o ímã natural várias vezes sobre ela, sempre na direção do seu comprimento e no mesmo sentido. Para saber se agulha já está bem imantada, aproxime-a de algum objeto metálico ferromagnético (ferro, clips, moedas, etc.) e verifique se há atração ou repulsão.
  • Corte um pedaço de folha de papel quadrado de 2,0 cm de lado aproximadamente ou de acordo com o tamanho da agulha que será utilizada. Este papel serve parapermitir que a agulha de costura possa flutuar sobre a água.
  • Atravesse ou cole a agulha na direção diagonal desse quadrado. Veja a figura abaixo.





  • Coloque o pedaço de papel com a agulha em um copo cheio de água.
  • Verifique por algum método se sua bússola está funcionando, comparando a direção para onde a agulha está apontando com alguma referência. Sem outros campos magnéticos por perto, ela deve se orientar na direção norte-sul magnética da Terra.




Comentários



  • Tome cuidado com os alto-falantes, pois eles contém ímãs bastantes fortes e o campo gerado por eles atrapalhará o experimento, caso haja algum por perto.
  • Outros materiais podem estar imantados e atrapalhar o experimento, como: tesouras, pregos ou qualquer outro metal que esteja perto do experimento.
  • Um campo magnético gerado por corrente elétrica, também pode comprometer o funcionamento do experimento. Isso pode ocorrer, por exemplo, ao se deixar a bússola perto de algum fio elétrico onde há corrente elétrica.
  • Pode-se conseguir melhores resultados de imantação pelo aquecimento da agulha antes de passar o ímã sobre ela. Quando ela estiver quase incandecente retire-a do fogo. Passe o ímã sobre a agulha até que esfrie.
  • O pedaço de papel pode ser substituído por uma fatia de rolha (cortiça). O papel é mais fácil de se conseguir do que cortar uma fatia de rolha. Porém o papel não dura muito tempo. Ele afunda ou se desmancha depois de algum tempo em contato com a água. Para fazer essa substituição proceda da seguinte forma:
    • corte uma fatia fina de rolha (cortiça) no formato de um disco;
    • atravesse ou cole a agulha imantada no disco já cortado. Veja a figura abaixo;
    • coloque o disco de cortiça com a agulha para boiar num copo cheio d'água.




Esquema Geral de Montagem























Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia - UNESP/Bauru

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre o medo

       Contrariando um clichê muito difundido pelo senso comum ,ter medo não significa ser covarde .  Covardia e não ter coragem para reagir
        A função do medo de avisar o organismo  dos perigos que o cercam,
Portanto o medo e benéfico , somente em casos excessivos como casos patológicos ,pânico e fobia etc.,.pode ser prejudicial .    
 Pensando melhor uma pessoa destemida não duraria muito pois não hesitaria lutar contra  um leão pois sem medo não existe noção e noção de perigo    .
  Sobre o efeito do medo nossos sentidos se aguçam nosso corpo nos prepara para  o que  estiver  para vir .
 Sobre o efeito do medo ,aumentam a atenção e a velocidade de reação . As batidas do coração aceleram ,e a pressão sanguínea sobe, os açucares inundam o sangue e aumentam as secreções da glândula supra –renal e da parte anterior da hipófise. Esse terremoto psicofísico prepara  o corpo para lutar, fugir,imobilizar-se ou fingir não tremer.


DESCOBERTA DO MUNDO
      
Aos medos inatos seguem-se aqueles ligados ao crescimento. No segundo semestre de vida surgem o receio do desconhecido e a angústia da separação. Ao notarem essa mudança, certos pais temem que a criança fique menos sociável. Ela deixa de sorrir para todos, recusa-se a ficar nos braços daqueles que não conhece bem e protesta quando a mãe se afasta. Mas não se trata de uma regressão – e sim de uma crise. Esses novos temores indicam desenvolvimento mental. O bebê percebe diferenças que antes não notava. Além disso, nessa fase, está se formando nele um forte laço com as figuras que o protegem. É preciso levar isso em conta, sobretudo se a mãe, para voltar a trabalhar, tem de deixar o filho com alguém. A criança só deixará a figura materna se distanciar quando confiar nesse cuidador
        O medo de animais costuma aparecer em crianças de 1 a 3 anos, fase em que começam a se aventurar além dos limites habituais – e nem tudo que encontram é seguro. É possível distinguir aí três medos inatos: o dos movimentos repentinos, o da aproximação de estranhos e o de ruídos fortes. O temor diante de cães se enquadra bem nessas três condições. Como se trata de um medo normal para a idade, na maioria das vezes não é necessário fazer pressão para eliminá-lo. Observando a reação dos outros e habituando-se à presença dos animais, a maioria das crianças supera naturalmente esse desconforto, a menos que viva uma experiência desagradável, como uma mordida.
        Entre 2 e 6 anos pode surgir o medo do escuro. O recém-nascido não teme a escuridão porque ainda não se habituou à luz. Porém, quando depois do segundo ano de vida a criança desperta no meio da noite e se vê sem as referências que tinha durante o dia, pode começar a temer a ausência da luz. Sombras, rangidos ou passos no corredor assustam bem mais à noite do que na claridade. A partir do terceiro ano, a imaginação entra em ação, elaborando cenários e interpretações. O receio de temporais e seres imaginários que poderiam se esconder na escuridão – monstros, bruxas, fantasmas – costuma assumir um valor metafórico na fase pré-escolar, mesclando-se a outros medos ligados à percepção da própria vulnerabilidade, como o de jamais acordar. 
      A criança se vê diante de aspectos da realidade que antes não levava em conta: conflitos entre os adultos, doenças, cenas violentas na televisão, expectativa de punição por alguma travessura cometida e a sensação de que algo ruim vai acontecer geram sobressaltos muito mais radicados na fantasia que na realidade. A criança “enfurecida” com os pais, temendo a própria agressividade, pode ter pesadelos à noite. Certos medos se originam de vivências dolorosas não elaboradas (doenças, acidentes, morte de pessoa próxima etc.) ou mesmo de situações corriqueiras. Por exemplo, se a água do banho está muito quente ou se cai xampu nos olhos da criança, ela pode ficar com medo de água.
      Entre 6 e 12 anos se torna mais fácil dominar pavores vividos nos anos anteriores. Ruídos fortes, flashes luminosos, escuridão, monstros e bruxas já não assustam tanto, justamente porque agora a criança tem maior capacidade de compreensão e pode entender ameaças como ladrões, doenças, dor, morte e abandono. Surgem os temores ligados ao estado social (por exemplo, questões que se referem ao desempenho escolar) e à interação com os outros (reprovação, conflitos, brigas e rejeição dos colegas). Nessa fase, tende a diminuir o medo de animais domésticos, mas pode se desenvolver o de insetos. Por mais estranho que possa parecer, uma criança é capaz de brincar com um grande cão e estremecer diante de uma formiga. Mas há uma explicação: o pavor de invertebrados e animais exóticos está relacionado à angústia provocada pelo desconhecido. Para que essa reação seja superada é preciso que a criança se familiarize com as características desses bichos.

FOBIA E ANSIEDADE

Por vezes, porém, lidar com determinado medo é mais complicado do que parece. Por exemplo, há crianças que esmagam um inseto e fantasiam que os amigos do animal virão à sua procura para se vingar. Tal receio talvez oculte outros, como o da própria agressividade, já que, de forma projetiva, as crianças costumam atribuir os próprios sentimentos aos outros e também a objetos inanimados. Compreende-se, assim, que surjam os sonhos povoados de animais violentos e monstros horríveis.
       Vários medos que se manifestam até os 12 anos – assim como certas regressões – se explicam pela instabilidade que marca toda a fase evolutiva.
       Diferentemente do adulto, que já tem um papel estável, referências precisas e comportamentos definidos, os modelos de conduta da criança estão em transformação. A pessoa autoconfiante reage ao perigo acionando seus recursos internos, mas a criança ainda depende dos outros e pode se sentir emocional e fisicamente paralisada diante de situações ameaçadoras. Depois de um grande susto ou em situações angustiantes que se prolongam, é comum que a criança retome, ainda que temporariamente, comportamentos típicos de estágios anteriores, nos quais se sentia mais protegida e segura.
      O adolescente costuma superar os temores da infância ao desenvolver uma visão mais complexa do mundo. Isso, porém, não significa que não tenha medo. Nessa faixa etária, muitas vezes aparecem vertigens, temores ligados ao corpo (como o de enrubescer ou ter alguma anomalia) e vários outros receios referentes à esfera social e sexual como expor-se, fracassar, ser criticado, ignorado ou rejeitado. A dor, a morte, os ferimentos físicos, a deformidade e a feiúra completam a lista dos “medos adolescentes”, juntamente com a insegurança de falar em público e de perder o controle sobre si.
       Quando não são superados, esses medos podem evoluir para quadros fóbicos ou se configurar como ansiedade patológica, e costumam conter em sua origem angústias mais profundas – medo da solidão, temor da morte, receio de perder o controle de si ou da realidade. A fobia é um medo persistente, intenso e de difícil controle, deflagrado por experiências traumáticas. A literatura registra, por exemplo, vários casos de adultos com
fobia da escuridão que, quando criança, ficaram fechados em um ambiente escuro por longo período ou foram abandonados em local desconhecido.
      Por trás dos estados de ansiedade há, muitas vezes, tormentos inconscientes que amplificam os medos normais e levam à perda do controle. Há ainda situações em que nossa própria capacidade de prever perigos nos faz cair nas armadilhas do falso alarme e de uma ansiedade que brota de ameaças imaginárias. O outro lado da moeda é a coragem, isto é, o atributo de todos os que confiam na própria capacidade. Física ou moral, ela se manifesta de muitas maneiras. Ser corajoso é confiar em si não de forma irrealista, e sim com base na avaliação dos próprios recursos e da ameaça enfrentada. O corajoso reflete antes de arriscar, é cuidadoso e usa da melhor forma possível as oportunidades e os talentos dos quais dispõe. Lidar com nossas assombrações – sejam elas concretas ou fictícias – é um processo de aprendizagem, que implica a aquisição de autonomia e amadurecimento, construídos no contato com o outro. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

celulas tronco

Células-tronco

    As células-tronco, células-mães ou células estaminais são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras. As células-tronco que saem do coração em direção aos pulmões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes mellitus tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.
    O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. No Zoológico de Brasília, uma fêmea de lobo-guará, vítima de atropelamento, recebeu tratamento com células-tronco.  Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.
    A proposta é tentadora: cura ou melhora significativa para esclerose múltipla, Alzheimer, lesões na medula e vários outros males que a medicina tradicional até agora não consegue resolver de forma definitiva. Mesmo sem documentação científica que comprove esses resultados, é cada vez maior o número de pessoas que se aventuram por clínicas que oferecem tratamentos com células-tronco. A maioria em países com regras frouxas quanto a seus riscos e eficácia.
O chamado "turismo de células-tronco" atingiu escala global e, até maio de 2009, pesquisadores já tinham identificado 27 países que disponibilizam o tratamento. Embora a maioria dos centros fique na Ásia, com destaque para China e Índia, há polos também em países da Europa, como a Alemanha. Para atrair clientes do exterior, as clínicas têm sites bem cuidados --normalmente com versões em inglês e francês-- com fotos e depoimentos de pacientes relatando o progresso após serem submetidos à terapia.
No topo do ranking de tratamentos estão as doenças degenerativas, como mal de Parkinson. Derrames e diabetes vêm logo atrás, seguidos por lesões na espinha. Embora menos comum, terapia contra HIV/Aids também pode ser encontrada.
"As células-tronco são muitas vezes apresentadas como solução milagrosa para qualquer problema. Isso é sensacionalismo. As terapias realmente comprovadas ainda são muito restritas", diz Lygia Pereira, do departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP.



Extração de células-tronco

    Há três possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas, Mesenquimais ou embrionárias:
Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF autorizou as pesquisas no Brasil.
Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células-tronco têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.
Mesenquimais – Células-tronco mesenquimais, uma população de células do estroma do tecido, têm a capacidade de se diferenciar em diversos tecidos. Por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunossupressora, o que abre a possibilidade de sua aplicação clínica em doenças imunomediadas, como as auto-imunes e também nas rejeições aos transplantes. Em adultos, residem principalmente na medula óssea e no tecido adiposo.

Definições de potência


As células-tronco podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar:
Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias;
Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos;
Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens;
Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;
Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro.

Única esperança
Uma vez no organismo dos pacientes, as células-tronco estão sujeitas a uma série de problemas, desde o crescimento fora de controle até a transformação em células diferentes das desejadas. Em alguns casos, até tumores. Esses riscos não costumam ser descritos pelas clínicas.
Para os geneticistas, os centros oferecem falsa esperança de cura e se aproveitam do desespero da doença.  

http://www.grupoescolar.com/thumbnail.php?imagem=painel/files/5E443.jpg&l=160&a=120 

Célula-tronco embrionária.
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/fotos/celulas-tronco-20091201122438.jpg
Armazenando células-tronco.

Fonte



A expansão do espaço é conceitualmente diferente de outros tipos de expansões e explosões que são vistas na natureza. Nossa compreensão do "cenário do Universo" (o espaço-tempo) necessita que o espaço, o tempo e a distância não sejam absolutos, senão que são obtidos a partir de uma métrica que pode modificar-se. Na métrica de expansão do espaço, mais que objetos num espaço fixo distribuindo-se até o vazio, é o espaço que contém os objetos e que está modificando-se propriamente falando. É como se os objetos não se movessem por si mesmos, é o espaço que está "crescendo" de alguma maneira entre eles.
Devido a que é a métrica que define a distância que está alterando-se mais que os objetos movendo-se no espaço, esta expansão (e o movimento resultante são objetos afastando-se) não está limitada pela velocidade da luz, limitação esta que é resultante da relatividade especial.

Planeta Semelhante a Terra


O Kepler-22b é o primeiro planeta localizado na "zona orbital habitável" - perto de uma estrela que tem as temperaturas adequadas para que exista água líquida, foi descoberto e confirmado pela agência espacial norte-americana no dia 05-12-11




O novo planeta é 2 vezes maior do que a Terra e tem uma temperatura à superfície próxima de 22ºC, mas os investigadores desconhecem ainda a sua composição, ficando por saber se é constituído sobretudo por rocha, gás ou líquido. O período orbital do Kepler-22b é mais pequeno do que o da Terra, levando 290 dias a completar uma volta em redor da sua estrela, semelhante ao sol só que mais pequena e fria.

O planeta Kepler 22b está a uma distância de 600 anos-luz da Terra, só para você ter uma ideia do que isso significa cada ano-luz, representa uma distância de aproximadamente 10 trilhões de quilômetros. Os cientistas ainda não sabem dizer se o planeta é rochoso, como a Terra ou gasoso, como Saturno e Júpiter.